O café com açúcar (ou adoçante) faz parte do dia de milhões de brasileiros. Pesquisadores descobriram que essa adição conseguiu interromper os relógios biológicos de camundongos, o que significa um amento no efeito estimulante da bebida.
Anteriormente, outros estudos mostraram que a cafeína realmente funciona para estender o período de vigília (quando a pessoa está acordada) do relógio biológico interno. Agora, o novo estudo também viu uma mudança considerável nos experimentos feitos com café adocicado. As evidências foram publicadas na revista científica npj Science of Food.
“Estávamos examinando as características do comportamento de camundongos machos durante a ingestão de água com cafeína adoçada, apenas em geral, e nos deparamos com mudanças comportamentais interessantes que não esperávamos”, diz Yu Tahara, professor associado da Escola de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas e da Saúde da Universidade de Hiroshima, em comunicado.
Durante a pesquisa, a equipe deu água adoçada com cafeína contendo 0,1% de cafeína, que é metade da concentração do expresso, e 1% de sacarose, que é um décimo da concentração da maioria das bebidas energéticas, ou 0,1% de sacarina.
A partir disso, os animais que beberam a mistura de cafeína e adoçante experimentaram um período de sono-vigília “livre” muito longo, de 26 a 30 horas, e alguns até mudaram de um ritmo circadiano noturno para um diurno.
O efeito estimulante persistiu no corpo dos ratos mesmo quando foram colocados em um local muito escuro. O que, de acordo com os pesquisadores, sugere que o efeito cafeína-adoçante está operando independentemente do regulador central do relógio biológico interno (normalmente governado pela luz e pelo ciclo natural dia-noite), o núcleo supraquiasmático (NSQ), que fica no hipotálamo no cérebro.
Com informações: O Globo