José Seripieri Filho, o Júnior, empresário dono da Amil e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi quem alertou os médicos do chefe do Executivo após perceber uma mudança no comportamento do mandatário e achá-lo “estranho”. Lula estava com cefaleia (dor de cabeça) havia cerca de uma semana. O quadro levou os médicos a anteciparem o exame que estava marcado para a semana seguinte.
Lula foi submetido a uma cirurgia na madrugada desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a uma hemorragia (sangramento) intracraniana. De acordo com boletim médico, o procedimento transcorreu sem intercorrências, e o presidente “encontra-se bem, em monitorização em leito de UTI”. Lula já está acordado e deverá permanecer três dias na UTI e mais uma semana no hospital.
Ainda segundo o boletim, o chefe do Executivo sentiu fortes dores de cabeça nesta segunda-feira e, após realizar o exame de ressonância magnética, na unidade do Sírio-Libanês em Brasília, foi identificado o sangramento, decorrente da queda que o presidente sofreu em outubro.
Lula foi, então, transferido para São Paulo, por volta das 22h30. A cirurgia teve início à 1h30 e durou cerca de duas horas. O procedimento realizado foi uma trepanação. Nele, é feita uma perfuração no crânio em que se insere uma sonda para chegar até o hematoma e drená-lo.
No início do dia, o boletim do Sírio-Libanês mencionava que a cirurgia feita era uma craniotomia. Porém, durante uma coletiva de imprensa, os médicos esclareceram que o termo costuma ser utilizado apenas nos casos que exigem aberturas maiores do crânio.
Com informações: O Globo