Mais de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem de níveis elevados de estresse, e muitos enfrentam o burnout sem saber, de acordo com a Associação Internacional de Controle do Stress e da Tensão (ISMA Brasil) . Entre os sintomas mais comuns, estão a exaustão física e mental, provocados pela sobrecarga no trabalho. Os sinais podem ser muito mais do que um simples cansaço – eles podem indicar o início do burnout, uma síndrome séria que afeta profissionais em todos os setores e gera consequências profundas para a saúde mental.
O burnout, caracterizado pelo esgotamento físico e emocional devido a condições de trabalho intensas, foi reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022, com um código específico na Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
Para Marcos Tonin, executivo de Recursos Humanos, especialista em gestão de pessoas e saúde mental no trabalho, profissionais em cargos de liderança e executivos estão entre os mais vulneráveis ao burnout.
“Quando a pressão por resultados é constante e os limites entre trabalho e vida pessoal são borrados, o desgaste mental e físico acaba sendo inevitável. O burnout surge como uma consequência direta dessa falta de equilíbrio”, alerta o especialista.
Estudo realizado pela Deloitte em 2023 aponta que 52% dos trabalhadores em grandes empresas dos EUA relataram aumento de níveis de estresse após a pandemia, com muitos citando a dificuldade em estabelecer limites claros entre a vida pessoal e profissional.
Além disso, um relatório da Gallup mostrou que, desde a pandemia, o burnout aumentou em 25% entre os trabalhadores remotos. A sobrecarga de trabalho, a ausência de uma separação física entre escritório e casa, e a pressão constante para estar “online” resultaram em um aumento significativo de casos de estresse crônico e esgotamento.
Com informações: O Globo