A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que o estudo clínico com a terapia celular inovadora para câncer CAR-T Cell do Hemocentro de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), com o Instituto Butantan, avance para a segunda etapa dos testes clínicos.
A tecnologia tem levado casos de cânceres hematológicos, como leucemias e linfomas, resistentes ao tratamento à remissão. No entanto, as únicas alternativas aprovadas no Brasil são importadas, com valores que chegam a R$ 2 milhões por paciente. Por isso, instituições brasileiras desenvolveram versões nacionais, para que no futuro possam ser incluídas de forma acessível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma dessas iniciativas é a fruto da parceria entre os dois institutos paulistas. O início do estudo clínico, chamado de CARTHEDRALL, foi autorizado pela Anvisa ainda em setembro de 2023. Agora, a autarquia aprovou o relatório de segurança da primeira fase dos testes e deu o sinal verde para que eles avancem para segunda etapa.
Na primeira fase, os primeiros voluntários foram tratados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Diego Villa Clé, professor da universidade coordenador do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera) do Hemocentro de Ribeirão Preto, explica que todos “demonstraram resposta às células CAR-T, e o procedimento foi seguro, sem nenhum efeito colateral grave”.
Com informações: O Globo