Câncer de próstata: vacina desenvolvida no Brasil pode ser nova arma contra a doença

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

As vacinas terapêuticas para o tratamento do câncer podem estar mais perto do que parece de se tornar uma realidade. Algumas já estão em fase de teste clínico em humanos, sendo uma delas um imunizante contra o câncer de próstata, desenvolvido por pesquisadores brasileiros.

Batizada de FK-PC101, a vacina se tornou a primeira tecnologia completamente desenvolvida no Brasil a receber a aprovação da FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, para realizar testes clínicos no país. Se bem-sucedida, a expectativa é que chegue ao mercado em cerca de 18 meses.

Ao contrário das vacinas tradicionais, que previnem a infecção ou casos graves de doenças como sarampo, pólio, gripe e Covid-19, as vacinas terapêuticas para câncer buscam prevenir a recorrência de um tumor. Dessa forma, todos os esses imunizantes são personalizados.

Isso significa que a FK-PC101 é criada a partir de células cancerígenas de cada paciente, coletadas durante a cirurgia. Sua administração, após o tratamento inicial da doença, busca fortalecer o sistema imunológico e reduzir a recorrência do câncer de próstata. Dados preliminares indicam que a vacina reduz a recorrência da doença de 37% para 12% e a mortalidade de 12,8% para 4,3%.

— Hoje tem se tentado melhorar o tratamento da doença localizada para aumentar a probabilidade de cura e reduzir o risco de recorrência. A vacina é uma forma de tentar administrar algo para que o sistema imunológico do paciente seja mais ativo e diminua o risco de recorrência da doença — explica o oncologista Denis Jardim, líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas.

— Um em cada oito homens vai desenvolver câncer de próstata ao longo da vida — diz Jardim.

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra. Ela é responsável pela produção dos nutrientes e fluidos que constituem o esperma. O câncer se desenvolve quando as células dessa glândula se multiplicam anormalmente e formam um tumor.

Com informações: O Globo