Uma pesquisa recente realizada por pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Maryland, conclui que os fofoqueiros – aqueles que trocam informações pessoais sobre terceiros ausentes – têm vantagens evolutivas sobre os seus pares.
O estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou um modelo evolutivo da teoria dos jogos que imita a tomada de decisão humana para observar como seus agentes, ou sujeitos de estudo virtuais, interagiam entre si e alteravam suas estratégias para receber recompensas.
— Quando as pessoas estão interessadas em saber se alguém é uma boa pessoa para interagir, coletar informações por meio de fofocas pode ser muito útil — afirma a coautora do estudo, Dana Nau, ao Maryland Today.
Socialmente, as pessoas fofoqueiras são descritas com uma conotação negativa; e essa descrição é baseada em vários motivos. Em primeiro lugar, a fofoca pode ser prejudicial às relações e vínculos pessoais, pois, dependendo da intenção do mensageiro, pode semear desconfiança e gerar conflitos desnecessários.
Pesquisas recentes em psicologia evolucionista sugerem que a fofoca deveria ser tratada com muito mais respeito já que, segundo a historiadora e acadêmica Esther Eidinow no livro Envy, Poison and Death: Women on Trial in Classical Athens, a fofoca é “o que torna a sociedade humana como sabemos que é possível”.
Com informações: O Globo