Febre oropouche: mais de 11 mil casos são registrados em 22 estados brasileiros

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O Brasil tem enfrentado um aumento significativo nos casos de febre oropouche desde 2023, com mais de 11 mil registros confirmados até a 50ª semana epidemiológica. A doença, que já alcançou 22 estados, se tornou uma preocupação nacional, enquanto Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, só tiveram casos importados.

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, foram confirmados quatro óbitos associados ao vírus, e outros quatro permanecem em investigação. Também foram confirmados cinco casos de transmissão vertical, sendo quatro óbitos fetais e um por anomalia congênita, 24 casos de transmissão vertical seguem em investigação, sendo 20 óbitos fetais e quatro anomalias congênitas.

A febre oropouche é uma infecção causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. A principal disseminação ocorre na região amazônica.

Nos locais silvestres, outros insetos que também podem disseminar o patógeno são o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus. Já em áreas urbanas, onde a circulação do vírus é menos comum, o mosquito Culex quinquefasciatus atua como um vetor.

A infecção pelo vírus Oropouche provoca sintomas como febre, dor de cabeça prolongada e intensa, dor muscular e nas articulações. Também podem ocorrer tontura, dor nos olhos, calafrios, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos.

Em casos mais graves, podem surgir sangramentos e problemas no sistema nervoso. Os sintomas costumam durar de 2 a 7 dias, mas em algumas pessoas podem ser mais intensos. Embora alguns sintomas sejam semelhantes aos da dengue, o tratamento deve ser avaliado de acordo com cada caso, pois a doença ainda está sendo melhor compreendida.

Com informações: O Globo