Após passarem alguns anos indisponíveis em São Paulo, as patinetes elétricas de aluguel voltam às ruas da cidade. A capital paulista é uma entre muitas metrópoles do mundo a liberarem esse modal de transporte, mas a decisão ocorre num momento delicado, quando médicos apontam uma verdadeira epidemia de acidentes com esse tipo de veículo em vários países.
Na semana passada, um estudo na revista médica Injury Prevention, especializada no tratamento de acidentados, relatou que o número de feridos em quedas desse tipo de veículo triplicou nos EUA desde 2019, quando as “e-scooters” compartilháveis já estavam disponíveis em várias cidades americanas.
O levantamento liderado pelo epidemiologista Edwin Akomaning, da Universidade Estadual de Dakota do Norte, cobriu um período de quatro anos a partir de 2019. Para esse intervalos, ele identificou dados hospitalares de admissão de 3.700 pacientes no período em prontos-socorros nos EUA, nos quais acidentes com patinetes elétricas eram explicitamente mencionados nos registros.
Como os prontuários nem sempre identificam a origem do acidente, o cientista fez uma aproximação estatística e chegou a conclusão de que nesses quatro anos ocorreram cerca de 280 mil acidentes com e-scooters no país, com variados grau de severidade.
Um dado particularmente preocupante apontado pelo pesquisador é que em 9% dos acidentes ficou comprovado o uso de álcool pelos usuários do veículo.
O estudo também levantou acidentes com bicicletas elétricas, mas essas se mostraram mais seguras que os patinetes, representando apenas 8% do total de acidentes com esses dois modos de transporte individual.
Com informações: O Globo