Número de novos doadores de medula óssea cresce três vezes menos que a demanda no Brasil

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

O número de novos doadores cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) cresceu 8,4% em dois anos no Brasil, saindo de 119 mil, em 2022, para 129 mil até novembro de 2024. Foram realizadas 431 coletas de medula óssea para transplante neste ano, também 8% a mais que as 382 de 2022.

Apesar do crescimento, o total de receptores cadastrados, ou seja, de pessoas que precisam receber uma medula, saltou 25,8%, saindo de 1.637 pessoas, em 2022, para 2.060 agora. Isso quer dizer que a demanda cresceu três vezes mais do que os novos doadores. Os números foram divulgados neste sábado pelo Ministério da Saúde.

Pela dificuldade em encontrar um doador de medula compatível, a médica do Inca e coordenadora técnica do REDOME, Danielli Oliveira, explica que 70% a 75% dos pacientes que encontram o fazem por meio do REDOME. Para sensibilizar a população sobre a importância da doação, o país celebra a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, realizada de 14 a 21 de dezembro.

O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento essencial para tratar doenças graves do sangue e do sistema imunológico, como leucemias, linfomas, aplasia de medula, síndromes de imunodeficiência e mielomas múltiplos. Ele substitui a medula óssea doente ou deficitária por uma saudável, sendo fundamental no tratamento de cerca de 80 doenças.

Com informações: O Globo