O mundo registrou 10,3 milhões de casos de sarampo em 2023, um aumento de 20% em relação ao ano anterior, apontam novas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgadas nesta quinta-feira. De acordo com as autoridades sanitárias, o principal fator que impulsiona o avanço global da doença é a baixa cobertura vacinal.
— A vacina contra o sarampo salvou mais vidas do que qualquer outra vacina nos últimos 50 anos. Para salvar ainda mais vidas e impedir que esse vírus mortal prejudique os mais vulneráveis, precisamos investir na imunização de todas as pessoas, não importa onde vivam — ressaltou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ao todo, 57 países registraram surtos significativos de sarampo em 2023. O número revela um crescimento de 60% em relação aos 36 locais que lidaram com a doença no ano anterior. Quase metade de todos os surtos neste ano ocorreu na região da África.
As Américas são a única região do mundo em que todas as nações eliminaram o sarampo. O feito foi alcançado apenas nesta semana, depois que o Brasil recuperou o certificado de eliminação da doença, que já havia sido conquistado em 2016, mas foi perdido em 2019 com o retorno do vírus.
Desde 2022, não há mais novos diagnósticos de sarampo contraídos dentro do Brasil – todos os registros foram de indivíduos que vieram do exterior. O último caso local foi confirmado em 5 junho daquele ano, no Amapá. Neste ano, por exemplo, foram registrados quatro casos, mas todos de pessoas que retornaram de outros países.
Com informações: O Globo