OMS: medicamentos como Ozempic e Mounjaro podem ‘interromper e reverter a pandemia global de obesidade’

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou pela primeira vez sobre o potencial de impacto dos novos medicamentos para perda de peso, como o Ozempic e o Mounjaro, e afirmou que eles podem “interromper e reverter a pandemia global de obesidade”.

Os remédios fazem parte de uma classe de medicamentos chamada de agonistas do GLP-1, que simulam esse hormônio no corpo. No cérebro, ele ativa a saciedade e, no estômago, reduz a velocidade da digestão. As principais substâncias disponíveis hoje são a semaglutida – presente no Ozempic e no Wegovy, da Novo Nordisk – e a tirzepatida – do Mounjaro e do Zepbound, da Eli Lilly.

Em um artigo publicado na revista científica JAMA, nesta quarta-feira, o cientista-chefe da OMS, Jeremy Farrar; o diretor de Nutrição do órgão, Francesco Branca, e a assessora sênior, Francesca Celleti, falaram sobre os remédios.

No texto, eles destacam que a obesidade, uma doença crônica e recidivante, “já atingiu proporções pandêmicas, com mais de 1 bilhão de pessoas afetadas”, mas que as novas terapias têm “potencial para uma transformação de todo o sistema de saúde que poderia interromper e reverter a pandemia global de obesidade por meio da prevenção e do gerenciamento integrado eficaz”.

Eles citam que os esforços para combater a doença até hoje têm se concentrado em políticas voltadas para dietas saudáveis e atividades físicas, mas que, “embora existam boas evidências sobre a eficácia dessas políticas, é hora de reconhecer que os esforços (…) não conseguiram, até agora, tratar a obesidade ou mudar a maré da pandemia”.

Neste contexto, afirmam que os análogos de GLP-1 podem ser “transformadores” ao passo que os estudos clínicos mostram uma redução de até 25% do peso corporal junto com outros efeitos positivos, como melhora de doenças cardiovasculares, hiperglicemia, disfunção renal e outros agravos de saúde.

Com informações: O Globo