Muitos avanços na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer foram feitos nos últimos anos. E muito mais está por vir, de acordo com os especialistas que participaram ontem da terceira live “O futuro da luta contra o câncer”, a terceira e última live do hub Viver o Câncer.
Participaram da live o oncologista Bruno Andraus Filardi, que é oncogeneticista e pesquisador na Biomab e na DNA Guide; João Viola, coordenador de Pesquisa e Inovação e vice-diretor geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca); e Tatiane Montella, colíder nacional de oncologia torácica da Oncoclínicas&Co, coordenadora de oncologia da Casa de Saúde São José e oncologista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A mediação foi da editora-assistente de Saúde, Constança Tatsch.
Tatiane Montella começou explicando o grande divisor de águas no combate ao câncer: a maior compreensão da doença:
De acordo com João Viola, hoje o câncer já pode ser considerado 150 ou até 200 doenças. E é a partir dessas descobertas que nasce a medicina de precisão:
— Os tumores têm as suas assinaturas, que podem ser individualizadas até para o mesmo tipo tumoral, mas que em pessoas diferentes podem ser diferentes. Tem que individualizar e entender qual o melhor tratamento para a paciente A, B ou C, mesmo que todas elas digam “eu tenho câncer de mama”. Isso é a individualização do tratamento, ou medicina de precisão. Consequentemente, as respostas terapêuticas serão melhores, haverá menos efeitos colaterais e direcionaremos tratamentos mais eficazes. E isso já acontece para todos os tipo tumorais. É o futuro, que já chegou, mas ainda vai andar muito.
Com informações: O Globo