Um estudo publicado no Cell Reports Medicine revela que a frequência dos movimentos intestinais, em outras palavras, as idas ao banheiro, influenciam significativamente a saúde a longo prazo, com os melhores resultados associados à evacuação uma ou duas vezes por dia.
Pesquisas anteriores sugeriram associações entre constipação e diarreia com maiores riscos de infecções e condições neurodegenerativas, respectivamente. Mas como essas descobertas foram observadas em pacientes doentes, não ficou claro se as idas irregulares ao banheiro eram a causa ou o resultado de suas condições.
— Espero que este trabalho abra um pouco a mente dos médicos sobre os riscos potenciais de não controlar a frequência dos movimentos intestinais — explica o autor Sean Gibbons, do Instituto de Biologia de Sistemas, à AFP, explicando que os médicos geralmente veem os movimentos irregulares como um mero “incômodo”.
Gibbons e sua equipe coletaram dados clínicos, de estilo de vida e biológicos – incluindo química do sangue, microbioma intestinal, genética e muito mais – de mais de 1.400 voluntários adultos saudáveis, sem sinais de doença ativa.
Quando as fezes permanecem muito tempo no intestino, os micróbios esgotam as fibras disponíveis – que eles fermentam em ácidos graxos de cadeia curta benéficos – e, em vez disso, fermentam proteínas, produzindo toxinas como sulfato de p-cresol e sulfato de indoxil.
Com informações: O Globo