A apuração apontou que os advogados acreanos preferiram não ceder à pressão de agentes do Governo e Rodrigo Ayache foi reeleito presidente da Ordem por 1.011 votos contra Marina Belandi. Azul como os que a apoiaram sem reserva, ela inaugurou Balsa da OAB,embarcando rumo à Manacapuru Jurídica com apenas 729
Votos na bagagem
Os vencedores não pouparam o chefe da Casa Civil do Governador Gladson Camelí, Jonatan Donadoni, apontado como interessado na eleição como catapulta para possível futura indicação da OAB/Acre em tradicional Lista Tríplice a uma vaga no.Teobunal de Justiça, no chamado Quinto Constitucional, que garante à Advocacia lugar entre os desembargadores.
Após declaração da vitória de Rodrigo Ayache, a festa da Chapa vencedora incluiu gritos de ” Chupa , Donadoni!”, pespegando na imagem do Governo do Estado a derrota política dispensável. É que o Chefe do Executivo não é obrigado por força de Lei a sequer observar a formalidade tão cara à Ordem dos Advogados. Trata – se de tradição, não de dispositivo constitucional.
De fato, se houver vacância no desembargo, sequer será a vez de indicar um advogado. O Ministério Público e juízes de carreira também compõem o Tribunal, cada um com seu quinto. Mas, legalmente, o Governador do Estado não é obrigado a seguir a tradição de escolher indicações das duas categorias. O Ministério Público integra o executivo. A Ordem dos Advogados é apenas entidade privada de direito público.