Na véspera do primeiro casamento de Rosemary Greenwood, em 1984, ela estava sentada no seu quintal, sob o sol radiante, com um espelho e pinças. Por mais de duas horas, ela arrancou os pelos do rosto.
— Não é o que a maioria das noivas faz na véspera do casamento — diz Greenwood, de 69 anos.
Ela já havia considerado conversar sobre suas dificuldades com os pelos faciais com as amigas, mas nunca teve coragem.
Esse sentimento de vergonha é mais comum do que se imagina. Embora estudos sugiram que quase metade de todas as mulheres desenvolverá pelos faciais em algum momento da vida, fios visíveis, sejam no queixo, um bigode escuro ou sobrancelhas desordenadas que se unem no meio, não são o padrão cultural.
Embora tenhamos visto movimentos eficazes que normalizaram os pelos corporais das mulheres, os pelos faciais delas ainda permanecem quase sempre invisíveis e raramente discutidos. Estudos sugerem que mais de 80% das mulheres se sentem desconfortáveis com eles e, de acordo com uma pesquisa de 2014, três em cada quatro mulheres americanas entre 18 e 34 anos removem os pelos faciais regularmente.
Será que nossa rigidez em relação à remoção dos pelos faciais algum dia mudará?
Com informações: O Globo