Falar sozinho é tecnicamente conhecido como solilóquio e é considerado um hábito mais comum e saudável do que se imagina. A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NIH) define o diálogo pessoal como um hábito que traz benefícios em termos de atenção e estado emocional, e destacam que sua prática é muito útil para atletas e acadêmicos assim como para pessoas que sofrem de depressão e ansiedade.
— Quando perco alguma coisa, quando estou com raiva ou quando quero me parabenizar, fico na frente do espelho e converso sozinha — diz Paula Feige, de 57 anos, que mora com sua gata Luana, com quem ela também costuma conversar.
Segundo ela, o hábito de falar sozinha está arraigado há anos e ela confessa que isso lhe faz bem:
— Me ajuda a liberar energias que de outra forma ficariam estagnadas — afirma.
— É ótimo podermos ter a capacidade de conversar com nós mesmos e exteriorizar o que está acontecendo no nosso mundo interno: tanto o que sentimos quanto o que pensamos. Caso contrário, se guardarmos isso para nós mesmos, será difícil resolver conflitos e aliviar o estresse — esclarece.
Por sua vez, para o psicólogo Matías Braslavsky, não podemos parar de falar mesmo quando estamos sozinhos porque somos permanentemente atravessados pela linguagem e pelas palavras.
Com informações: O Globo