Especialistas em saúde têm soado o alarme sobre a possível ameaça de uma nova pandemia causada pela gripe aviária. O vírus, que costumava infectar apenas aves, tem acumulado mutações à medida que se espalha entre vacas e infecta pessoas nos Estados Unidos.
Não há garantia ainda de que a gripe aviária começará a se transmitir entre os humanos, algo que nunca aconteceu, e as autoridades de saúde dos EUA enfatizam que o risco para o público em geral continua baixo. No entanto, um novo estudo, publicado na revista científica Science, alerta que esse cenário pode estar mais perto do que se imagina – a apenas uma mutação de distância.
A variante da gripe aviária que tem se espalhado chama-se H5N1 e surgiu pela primeira vez na China em 1996. Mas foram nos últimos quatro anos que ela se disseminou amplamente, atingindo regiões antes intocadas, como a Antártica.
Espécies de mamíferos que comeram as aves infectadas, como focas, também sofreram mortes em massa. Além disso, houve registros inéditos de disseminação entre pinguins, leões-marinhos, furões, entre outros. Mais recentemente, em março, a situação mudou novamente quando o vírus começou a se espalhar entre vacas leiteiras nos Estados Unidos, também pela primeira vez.
Além do surto entre os animais, 58 pessoas testaram positivo para gripe aviária nos EUA neste ano, incluindo duas que não têm histórico de exposição conhecida a animais infectados, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país (CDC).
Com informações: O Globo